O Embuste concretizou-se em várias etapas.
Aproveitando a ida de Barroso para Bruxelas, uma máquina conspirativa iniciou o seu trabalho.
A liderança do PS não era satisfatória.
Sampaio nomeia Santana Lopes como 1º ministro.
Ana Gomes e outros renegam várias vezes o Presidente em que votaram.
Ferro Rodrigues afasta-se (ou é afastado como o próprio já se questionou).
Sócrates vence o partido.
Sampaio verifica que está-se-lhe a esgotar o prazo para dissolver a Assembleia e avança.
A imprensa trucida Santana Lopes. Comentadores, televisões e jornais criam um “tsunami” de um só sentido que varreria o centro-direita do governo. Amplifica pequenos episódios que passam normalmente desapercebidos e não deixa, sequer e quase, Santana Lopes iniciar funções.
Sampaio recebe o “testemunho” e faz a sua parte. Dissolve a Assembleia e marca eleições.
São todos contra um e assiste-se ao acto eleitoral mais injusto e manipulado que há memória no Portugal do pós 25 de Abril.
Sócrates é eleito 1º Ministro, quase sem abrir a boca.
De empurrão…
Período de graça. Silêncio.
Os que amplificaram até à exaustão os pequenos episódios santanistas recolhem-se, agora, num periodo de reflexão...
Período de colo. Programa de Governo. O do PS. Muitas benesses, alguns prazos, pouca concretização e esclarecimento (como e com que dinheiro será feito).
Período de branqueamento. Enquanto alguns embusteiros tratam do colo a Sócrates, outros branqueiam o que se passou. Sabendo da curta memória dos portugueses aplicam os meios estalinistas para reescrever a História recente. Como se nada se tivesse acontecido nos últimos meses. Como se não se tivesse cortado a meio uma legislatura e governo com uma maioria absoluta estável na Assembleia da República. Como se não tivesse acontecido um Golpe de Estado Constitucional. Um exemplo:
Vicente Jorge Silva no DN de 28/03/2005 :
"… basta passar os olhos pelos media para se perceber que … as opiniões que neles hoje prevalecem - entre directores editoriais e a maioria dos colunistas - são claramente de direita … onde também pontificam alguns destacados militantes da esquerda formada pela cultura estalinista e maoista dos anos 70 (como são, por exemplo, José Manuel Fernandes ou João Carlos Espada)."
"É sintomático que o estrondoso desaire da direita nas últimas eleições tenha coincidido com esta alteração da paisagem. Ou seja no preciso momento em que as posições ideológicas de direita se impõem nos media, a direita político-partidária regista o seu maior desaire histórico dos últimos 30 anos."
"… a nova direita portuguesa, apesar dos claros favores de que hoje desfruta nos meios de comunicação social, é impotente para influenciar o espectro político-partidário de que está mais próxima,"
O embuste, no seu melhor… (ou no seu pior).
1 comentário:
Plenamente de acordo. Se dúvidas possam existir, quanto ao modo como a esquerda opera, bem como a Comunicação Social a ela afecta, é ver o video que o Blog dos Marretas disponibilizam.
As minhas desculpas, por o citar neste seu espaço, mas achei que era pertinente.
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