Sim. Porque não deixam o papel de simples contestatários, lutando contra tudo e contra todas as mudanças, quando tudo está (comprovadamente) mal. Quando o sector está travado, parado, improdutivo? Quando os alunos Portugueses são os piores da Europa?
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Sim. Porque não lutam por medidas efectivas de melhoria do sistema? Por medidas que melhorem a produtividade do seu trabalho. Porque não fazem seus os objectivos de colocar a juventude portuguesa mais acima nos rankings educativos?
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Sim. Porque não lutam por melhores condições de trabalho, para si, nas Escolas? Assim, não haveria razão para levarem trabalho para casa. Poderiam se manter durante todo o seu período de trabalho (35 horas por semana) na Escola e calar as vozes que afirmam que os professores trabalham pouco.
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Sim. Porque não lutam por mais dias de férias? Transparentemente. Em vez de, se manterem fixos nas interpretações falaciosas do Estatuto da Carreira Docente, confundindo (intencionalmente) férias com interrupções de actividades lectivas.
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Sim. Porque não lutam pela possibilidade de diferenciação da sua idade de reforma, aceitando (para se reformarem mais cedo) pensões inferiores ao salário? Ou, em alternativa, também para se reformarem mais cedo, efectuam contribuições mais altas? Porque não reconhecem que não podem, nem devem ser os outros contribuintes a pagar (parte) das suas pensões?
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Sim. Porque não desenvolvem sistemas paralelos de contribuição com vista a complementarem reformas dos seus associados, permitindo que estes possam se reformar mais cedo?
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Sim. Porque não lutam para que, não deixando de cumprir as suas responsabilidades (de trabalho e de contribuição de reforma) até aos 65 anos, consigam uma alteração gradual (ao longo da sua carreira e dos respectivos anos de serviço, aqui sim, automaticamente) da tipologia do seu trabalho (menos alunos e menos turmas, mais coordenação, actividades extra-curriculares e formação aos colegas mais novos)?
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Sim. Porque não aceitam um sistema efectivo de avaliação do seu trabalho? Com vista a que os seus associados (professores) mais produtivos possam, justamente, evoluir na carreira no que se refere aos seus vencimentos? Porque se mantêm presos às ideologias esfarrapadas e passadistas que todos devem evoluir e ganhar (automaticamente e) por igual?
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Sim. Porque continuam a arvorar as bandeiras da mobilidade e da estabilização dos quadros docentes das escolas, objectivos totalmente contraditórios entre si? Ou seja, querem que todos os anos, todos os professores se possam candidatar a uma nova escola, um passo mais próximo do seu local de morada, levando a uma “dança” anual de dezenas de milhar de professores de uma escola para outra? E, ao mesmo tempo lutam por uma (?) estabilização dos quadros docentes? Como é possível manterem esta contradição?
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Sim. Porque não lutam para deixarem de ser os profissionais-canivete-suiço que fazem tudo na Escola e exigem que a Escola deixe de ser só ensino e passe a ser O local onde as crianças e jovens passam o seu dia? Respondendo à necessidade das suas famílias e criando a atractividade pelo local que tanta falta faz para a queda dos números do absentismo e insucesso?
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Sim. Porque não “largam” um pouco do poder nas escolas e aceitam a entrada de profissionais de outros sectores, libertando os professores para as tarefas para que foram preparados (ensinar)? Gestão, Acompanhamento Social, Psicologia, Actividades extra-curriculares, etc.
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Sim. Porque não lutam pela produtividade efectiva do sector onde são actores principais, fazendo por e lutando para que Portugal evolua nas tabelas de qualidade do sistema educativo? Porque continuam a rodear a questão e a se agarrar sucessivamente a álibis justificativos para o (também seu) falhanço do sistema?
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Sim. Porque não assumem que ganham muito e são muitos no sistema? (os números estão publicados pelo que não há que rodear a questão) E se voltam para as questões da qualidade?
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http://www.eurydice.org/Salaires/CompPays.asp
http://dn.sapo.pt/2005/05/12/negocios/portugal_desce_seis_lugares_tabela_c.html
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Sim. Aos professores : porque não deixam os sindicatos de lado? Porque, ganhando bem e sendo muitos, nada mais haverá a fazer. Porque, sem problemas nestas áreas, os sindicatos apenas se dedicam a criar os problemas que necessitam para se justificarem e assegurarem a sua necessidade e sobrevivência.
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Sim. E, em sua substituição, porque não criam uma Ordem dos Professores? Assim, talvez possam juntar aos direitos, … os deveres. Pela idoneidade na sua prática profissional.
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