Opinião. Contraditório. Contribuíndo para uma discussão mais aberta, perante o circulo fechado que se tornou o 4º poder em Portugal. Aquele que derruba governos...
Mas, como contribuinte individual (nada de pessoas singulares ou colectivas), sem qualquer regularidade (é quando apetece) e livre de qualquer tratamento editorial organizado e coerente (é o que vai saíndo).
segunda-feira, novembro 28, 2005
Cruzes, credo...
Não demora nada, vão decidir retirar a bandeira Portuguesa dos edifícios públicos: tem demasadas cruzes... Ver, a propósito, no O Insurgente, República e Laicidade.
Não me faz confusão nenhuma que assim seja [a retirada dos crucifixos]. O argumento - já muito estafado - de que agora deveríamos também demolir o Mosteiro dos Jerónimos é absolutamente tonto: não se confunda cultura com socialização. A Escola é um lugar de socialização; os professores são modelos comportamentais que os alunos seguem, para o bem ou para o mal; nela se transmitem conhecimentos mas também valores. Sendo assim, em nome da tolerância e da liberdade religiosa não se deve guardar para uma Confissão (a dominante) o privilégio de fazer endoutrinação através dos seus símbolos religiosos, sejam eles quais forem. A liberdade religiosa não é a ditadura de uma (a maioritária) sobre as outras. Assim, compreendo que as cruzes sejam retiradas das salas de aula, tal como compreendo a proibição da ostentação de símbolos religiosos nas escolas. A liberdade religiosa passa também pelo respeito para com o Outro.
Compreendo que sejam retiradas e compreendo que não o sejam. Seria simples deixar essa decisão à comunidade (pais e alunos). Está em causa a manutenção (e não a colocação) de um simbolo e não qualquer endoutrinação. A transmissão de conhecimentos e valores é feita pelos docentes (e não só) nas Escolas e não depende da presença de um simbolo na parede da sala. As moedas (face portuguesa) e a bandeira nacional têm cruzes e não as vamos eliminar...
Se quer os símbolos religiosos nas escolas, para ser coerente teria que querer não só os símbolos das outras religiões também, como deveria achar que os ateus poderiam colocar cartolinas nas paredes com a frase "Não acredito em Deus". E os satânicos deveriam lá pôr também o seu diabozinho, etc, etc, etc. Quem quer impor a religião à força, deveria era emigrar para o Vaticano.
3 comentários:
Não me faz confusão nenhuma que assim seja [a retirada dos crucifixos]. O argumento - já muito estafado - de que agora deveríamos também demolir o Mosteiro dos Jerónimos é absolutamente tonto: não se confunda cultura com socialização. A Escola é um lugar de socialização; os professores são modelos comportamentais que os alunos seguem, para o bem ou para o mal; nela se transmitem conhecimentos mas também valores. Sendo assim, em nome da tolerância e da liberdade religiosa não se deve guardar para uma Confissão (a dominante) o privilégio de fazer endoutrinação através dos seus símbolos religiosos, sejam eles quais forem. A liberdade religiosa não é a ditadura de uma (a maioritária) sobre as outras. Assim, compreendo que as cruzes sejam retiradas das salas de aula, tal como compreendo a proibição da ostentação de símbolos religiosos nas escolas. A liberdade religiosa passa também pelo respeito para com o Outro.
Compreendo que sejam retiradas e compreendo que não o sejam. Seria simples deixar essa decisão à comunidade (pais e alunos). Está em causa a manutenção (e não a colocação) de um simbolo e não qualquer endoutrinação.
A transmissão de conhecimentos e valores é feita pelos docentes (e não só) nas Escolas e não depende da presença de um simbolo na parede da sala. As moedas (face portuguesa) e a bandeira nacional têm cruzes e não as vamos eliminar...
Se quer os símbolos religiosos nas escolas, para ser coerente teria que querer não só os símbolos das outras religiões também, como deveria achar que os ateus poderiam colocar cartolinas nas paredes com a frase "Não acredito em Deus". E os satânicos deveriam lá pôr também o seu diabozinho, etc, etc, etc. Quem quer impor a religião à força, deveria era emigrar para o Vaticano.
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