Opinião. Contraditório. Contribuíndo para uma discussão mais aberta, perante o circulo fechado que se tornou o 4º poder em Portugal. Aquele que derruba governos... Mas, como contribuinte individual (nada de pessoas singulares ou colectivas), sem qualquer regularidade (é quando apetece) e livre de qualquer tratamento editorial organizado e coerente (é o que vai saíndo).
terça-feira, novembro 01, 2005
O Fim das Desigualdades
Um dos grandes desígnios socialistas. Um dos maiores objectivos de Soares para atingir uma (sua) sociedade ideal. Uma das maiores razões para não ser socialista e não votar Soares.
O desejo do fim das desigualdades é um dos maiores erros históricos dos socialistas. Os comunistas são mais directos. Exigem a igualdade. Na prática é o mesmo. E traduz-se numa sociedade tipo “Robin dos Bosques”.
Criar riqueza não é fácil. Exige criatividade, esforço, persistência, produtividade, atenção, concentração, preocupação. Que chatice...
Se os ricos estão ali mesmo ao dispor… vamo-nos a eles.
Criar riqueza não é fácil. Assim, vamos pelo caminho mais curto. Dá-se aos pobres, não uma nova riqueza, criada a partir de trabalho e que resulta do e no crescimento do País, mas a riqueza já existente. Pois. Usamos a que já existe. A que já foi criada e está disponível. Tão fácil. Mais impostos, mais um escalão do IRS, umas quantas taxas sobre fortunas, rendimentos da bolsa e dormidas turísticas e já está. O sistema Robin dos Bosques. O sistema da inveja. Do querer o que os outros criaram.
O País nada ganha com esta abordagem. Desta forma, o dinheiro foge (já não há soluções como as de há vinte anos e a circulação de capitais é mais fácil). O País perde. Há menos investimento, menos emprego, mais pobreza. O País fica mais pobre e as desigualdades, em vez de diminuírem, aumentam. E da pior forma: os que menos têm passam a ter ainda menos. Os outros? Já puseram os seus bens a salvo, criando riqueza em qualquer outro lado…
Soares já era.
Nem igualdade, nem o fim das desigualdades.
O que temos de fazer, mesmo, é aumentar o rendimento dos que menos têm, independentemente do crescimento simultâneo do rendimento e da riqueza dos que mais têm. Ou seja, só com uma sociedade produtiva, em crescimento, poderemos obter mais-valias para as populações mais desfavorecidas.
Nem igualdade, nem o fim das desigualdades. Queremos uma sociedade onde os que menos têm possam obter o mínimo necessário. Para que possam ultrapassar plataformas de segurança e de qualidade de vida, que lhes criem, de novo, desejos de ter mais. Sem prejuízo que essa sociedade, mais rica e produtiva, possa criar (e suportar – o nosso actual problema) mecanismos de suporte social para quem, efectivamente, precisa deles.
Sociedades como as que defende Soares, que tiram aos ricos para dar aos pobres, estão condenadas no nosso Mundo. O actual, globalizado. Os ricos vão embora, com a sua riqueza. Os que sobram (ricos menos ricos e classe média-alta) são fiscalmente “saqueados”. A sociedade é nivelada por baixo. Mais pobre e sem qualquer energia (potencial económico) para alavancar e recuperar. Moribunda. Morre.
Não resulta.
Soares foi (para alguns) fixe. Hoje, está totalmente fora de contexto. Nada a ver com a idade. São as ideias. Façam lhe ver isso. Quando diz "os Portugueses sabem..." ou "os Portugueses querem..." deveria ser mais comedido. Não fale por todos. Fale lá pelos dele... Tirem-nos desse filme. Não lhes demos carta branca para falar por nós.
Finalmente, todos os outros 4 candidatos de esquerda têm visões de sociedades deste tipo. Igualdade e Fim das Desigualdades.
Resta Cavaco Silva na diferença. Por um Portugal Maior.
Assim, sim. Maior. Com mais riqueza. De forma a que será mais simples assegurar que TODOS poderão ter a sua quota-parte. A sua. Não a dos outros...
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