sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Congelamento dos salários da função pública

O congelamento dos salários, por si só, não é má medida. Afinal, o País precisará de gastar menos porque não produz o suficiente.
Infelizemente, estamos nisto desde 2000. Medida justificada sempre pelas mesmas razões. Os salários são contidos, mas logo aparecem mais subsídios aqui, rendimentos mínimos acolá, TGV acima, Aeroporto abaixo... Redistribuições socialistas de riqueza que não temos.
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Dez anos depois, estamos com um déficite de 9,3% no final de um ano eleitoral de 2009 em que o inenarrável ministro Teixeira dos Santos nos brindou com uma gestão que nos endividou em mais quinze mil milhões, mas assegurando (a todo o custo) a manutenção do PS no poder.
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Em 2010 recomeça o sacrifício dos funcionários públicos mas, aparentemente, sozinhos. Talvez com a Madeira. Pois 8,3% não é número que se apresente para convencer que há qualquer outro esforço no sentido necessário...
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Infelizmente, chegamos ao fundo. E com a democracia em sério risco. A maioria dos subsidiados passou a ser determinante em qualquer processo eleitoral. Quem prometer fazer o que Portugal precisa, perde as eleições. Assim, para as ganhar vai ser necessário mentir. E as tais medidas necessárias só serão tomadas quando a isso formos obrigados pelos nossos credores, mascarados de aliados. Tal como vai acontecer com a Grécia (pouco) antes. Resta saber como vai a irrealista esquerda portuguesa reagir, na rua. É aí que se jogará o futuro do País, como democracia.

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