segunda-feira, julho 31, 2006

Terrorismo: cancro social

Perante um estado clínico desta natureza, a medicina apresenta várias formas de tratamento. Que são utilizadas em conjunto ou isoladamente. Normalmente, em conjunto.
Primeiro, uma intervenção cirúrgica que extrai a massa indesejada. O possível, o visível, o que está isolado. Depois, terapias de vários tipos: química, radiações, etc.
O que sabemos bem é que, se nada feito e a tempo, o problema expande-se e é irremediável.
Em todas as intervenções há “danos colaterais”. Células e partes sãs do corpo sofrem no tratamento. A saúde em geral é abalada. Ao ponto de, muitas vezes, a morte vir com o tratamento.

Mas, fazer nada não resolverá nada.

Já entenderam que não pretendo falar de medicina. Mas sim de terrorismo.

O terrorismo é um cancro do nosso Mundo. Utiliza todos os meios para sobreviver e, para eles, a sobrevivência é conseguida contra os outros. E assim, para bem do todo tem de, e deve, ser combatido.

Nada fazer ou ter a ideia que a negociação é uma saída é um erro.

Até há alguns anos, a situação estava confinada. As suas armas não eram globais e a sua área de acção era restrita. Entretanto, tudo mudou.

Os exércitos as sociedades livres tornaram-se inúteis contra este problema. Os ataques são feitos pela calada e espalharam-se a todo o Mundo.

É preciso actuar.

Como o cancro, é preciso operar o que é visível. Inverter a situação e eliminar as lideranças dos países onde, oportunistamente se possam ter instalado. Onde fazem a captação de voluntários e a sua formação. Dessa forma, eliminam-se os seus santuários, a residência fixa das lideranças e as respectivas fontes de financiamento. Depois actua-se sobre os remanescentes. Que passam a estar “invisíveis”, escondidos entre e por detrás de inocentes, que, irremediavelmente serão vítimas. Danos colaterais.

Com uma certeza. Fazer nada, e nada serve. O cancro tomará conta de tudo e a morte será certa.

Negociar? Nem pensar. Servirá apenas para que os terroristas ganhem tempo para ficarem mais fortes.

Chorar, evitar e tentar reduzir os “danos colaterais”? Sim, mas entender que são parte da solução.

Certo é que se pode fazer alguma prevenção. Mas isso só é viável, antes do problema aparecer. Assim, antes, é preciso tentar desenvolver as sociedades e os países de onde são originários os terroristas. Reduzindo o seu apoio e base de captação. Educando e democratizando. No entanto, uma tarefa para gerações.

Mas, o que é certo mesmo é que, onde o problema do terrorismo é já uma realidade, não vamos lá com “paninhos quentes”.

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