O Governo aprovará, hoje, novas regras para a colocação de professores. Em sequência dos concursos nacionais, será implementado um sistema de colocação plurianual. Três (agora) e quatro anos (depois), será o período em que um professor deverá prestar serviço na Escola para a qual concorreu.
Infeliz mas não inesperadamente, os sindicatos estão contra. E não aprovaram a mudança. Mais uma vez revelam que não são pela estabilidade dos quadros docentes (das escolas). Apenas pelos seus interesses corporativos. E que o seu discurso anterior, nesse sentido, tinha outros objectivos…
Infelizmente, o discurso demagógico dos sindicatos faz escola e entranha-se nos ouvidos dos professores. E, desta forma, impedem que melhorias sectoriais (como esta) sejam implementadas de uma forma mais escorreita (logo frutuosa) e sem conflitos. Afinal, sem conflitos, para que serviriam os sindicatos? Estão apenas a justificar (e a lutar pela) a sua existência…
Professores deslocados? Não existem. Existem empregos disponíveis em dois terços do País que são ocupados por pessoas que a eles concorrem voluntariamente mas que vivem no restante terço.
A colocação (concursos) descentralizada, a menos que seja feita por grandes regiões (nunca pelas autarquias ou escolas), não é solução. E iria levar exactamente aos mesmos resultados pois a situação básica é a mesma: empregos ali, candidatos acolá…
E, agora, não haverá razões para que os professores, ao serem colocados numa escola de uma determinada zona não equacionem a possibilidade de ali se instalarem, o que permitirá reduzir substancialmente o número daqueles professores papa-quilómetros que, como sempre afirmam nas repetidas entrevistas anuais às televisões (a encomenda sindical anual às TVs, em início do ano lectivo, para passar o seu ponto de vista) prejudica, também, a sua prestação com os seus alunos…
Para além do facto da presença (obrigatória, sim) do professor por alguns anos no mesmo estabelecimento trazer enormes benefícios às Escolas, aos seus alunos e, quer queiram, quer não queiram reconhecer os sindicatos, lá da altura da sua demagogia, aos (bons) professores, que, durante o seu percurso (carreira) em direcção à sua escola preferida (onde chegarão no mesmo tempo mas, agora, com menos “paragens”) poderão, finalmente fazer tudo o que até agora era impossível: criar e deixar amizades, projectos, raízes e melhores alunos… que se lembrarão deles no futuro.
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