Em resposta a Almunia e às agências de rating anglo-saxónicas, ficamos ontem a saber que o Ministro das Finanças fará tudo, mas mesmo tudo o que estiver ao seu alcance para impedir que o deficit orçamental cresça … 0,035%.
Que irresponsabilidade. Teixeira dos Santos considera-nos a todos e a eles, como tolos...
A Madeira (diz ele) terá que se submeter à lógica do endividamento nulo e deficit zero enquanto o País apresentará (com o seu "enorme" esforço) um deficit de 8,3%, em 2010. O que, comparado com os 9,3% de 2009 e considerando o congelamento de ordenados públicos significam apenas … mudanças zero.
E em 2009, note-se, aquele governante também fez um enorme esforço (?), para combater a crise, endividando-se como nunca (15 mil milhões de Euros), com base num deficit de 9,3% do PIB (o que significa, contas redondas, que terá gasto mais 20% do que assegura em receitas). Mas a Madeira… não. Terá que se manter na linha.
Sócrates e Teixeira dos Santos vão enterrando o País, mas… a Madeira é que é despesista. Obtêm autorização de endividamento (após o orçamento rectificativo) de 15 mil milhões. Mas o Governo Regional, se quiser fazer o mesmo no valor de 50 milhões – para responder, na Madeira, à mesma crise e à mesma quebra de receitas fiscais - é despesista e gastador e terá que se "ajoelhar" a pedir a respectiva autorização.
Tudo isto (crescimento exponencial do endividamento e deficit) fez Sócrates em 2009 para assegurar a implementação de medidas eleitoralistas (e despesistas) a encoberto da crise internacional. Ganhou as eleições.
Tudo isto fará Sócrates em 2010, sustentado por mais um orçamento altamente deficitário, com vista a assegurar uma base despesista para as eleições que vai provocar (não tenhamos dúvidas) antes de entrarmos no período-sombra em que a Assembleia não pode ser dissolvida, prévio às eleições presidenciais.
Dois anos seguidos com orçamentos eleitoralistas (apenas com as eleições em vista) que introduzem despesas estruturantes, de recuo difícil ou impossível nos anos seguintes. Que entregarão o País aos seus credores.
Portugal? Futuro? Que se lixe…
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